Let it be. Let it be. Let it be. Virou um mantra, uma oração. Consolo, talvez. Let it be. Nesses dias de incerteza, era o mais perto que chegara de uma resposta, um caminho. Deixa estar, fecha o olho, respira fundo, deixa estar. A quase-resposta servia pra boa parte das perguntas que batucavam na mente e no coração: ‘O que vai ser? E se? E se não? Por quê? Como? Quando? Sim? Não?’ – Let it be.
Podia ser considerado comodismo, sim, mas tinha medo das respostas verdadeiras. Aquelas, com palavras densas, coração-nós-amor-sempre-nunca-mais. Sabia que precisava ouvi-las, saber o caminho a seguir, decidir. Mas o medo era maior, então a Mulher Madura Bem Resolvida dava lugar à Menina Chorona Que Não Sabe O Que Fazer. Só sabia deixar quieto, esperar que o tempo colocasse tudo em seu lugar, que o mundo seguisse adiante, agarrar-se à cinza angústia de aguardar por decisões que a envolviam, mas nas quais não tinha influência.
Let it be, repetia.
Tudo se ajeita.
Tudo se ajeita. Tudo vai se ajeitar.
ResponderExcluirMuito legal!=)
E eu sempre fico sorrindo com teus textos! Vá em frente, moça! Não pare de produzir!
ResponderExcluirAgora não é mais Let it Be e sim JEEEEEEET!!!!!!! \o/
ResponderExcluir'O que vai ser? E se? E se não? Por quê? Como? Quando? Sim? Não?’ – Let it be.
ResponderExcluirAmei guria, parabéns :)